O presidente Robert Gabriel Mugabe, 90 anos, está no poder desde 1980. É filho de um carpinteiro e de uma professora. Teve uma boa educação em colégio jesuíta. Os professores o consideravam inteligente e com muitas habilidades. Formou-se em artes, história e inglês na África do Sul, tendo sido professor na atual Zambia.
Em 1980, eleito primeiro-ministro da República do Zimbabwe, Mugabe transformou-se em um homem sedento de poder, usando todos os meios imorais, ilegais, cruéis para se manter “lá”. Perseguiu duramente os brancos, confiscou propriedades, dizimou-os até a dispersão total.
Em 2008 — um exemplo banal — 85 membros do partido de oposição MDC foram assassinados, milhares feridos e presos. Em setembro deste mesmo ano houve uma coalizão com o candidato derrotado, Morgan Tsvangirai, em que o poder sobre as forças armadas e as principais e efetivas decisões ficaram sob o delírio de Mugabe. As fraudes nas eleições são denunciadas continuamente.
Além de ataques a jornalistas, os simpatizantes do MDC ou qualquer voz dissonante sofrem todo tipo de violência e intimidação. Reeleito (?!) em agosto de 2013, com denúncias de inutilização de, no mínimo, 70 mil cédulas a favor da oposição; sabe-se que o resultado não é reflexo da vontade popular.
O eterno Mugabe, diagnosticado há alguns anos com câncer de próstata, já tem planos para as eleições de 2018, nos seus verdes 94 anos! De “messias” salvador do povo contra a ocupação britânica, tornou-se um dos mais impiedosos opressores da África.
Há mais de 4 moedas em circulação; o dólar americano é a oficial, um meio de conter a hiperinflação do extinto dólar nacional. Zimbabwe, uma bela e rica região, tem uma população faminta, sem emprego, uma incontrolável epidemia de AIDS e uma vultosa dívida externa.
A cerâmica, a cestaria, a escultura em madeira e pedra são notáveis. A música africana traz uma emoção forte e contagiante. No Zimbabwe predominam os instrumentos marimba, xilofone, mbira/kalimba — piano de polegar — e os de percussão, num ritmo irresistível.