África do Sul – A Rota Jardim #5

O trecho final — uma pena! — da Garden Route vai de George à Cidade do Cabo.

Para quem não dispõe de muito tempo, ir de Port Elizabeth à Cidade do Cabo é uma boa iniciação à África do Sul. Os 750 Km oferecem praias, montanhas, safaris, pitorescas vilas, bons hotéis, excelente comida e muito relax. Em posts anteriores, uma pálida palinha

  • Hermanus — de George até aqui, são 350 Km continuando pela N2, através de agradáveis cidadinhas, belas baías, como a de Mossel. Em Swellendam o almoço foi servido à sombra acolhedora de árvores centenárias. Em frente, a igreja “luterana reformada”; o estilo é inusitado e interessante.
    No centro da Cape Whale Coast se estende Hermanus, o melhor ponto do mundo para observação de baleias — whale watching — entre junho e dezembro, quando estes mamíferos maravilhosos vêm da Antártida.
    A natureza e o estilo de Hermanus, antiga vila de pescadores, lembram Cabo Frio/Búzios, nos áureos e saudosos tempos de Brigitte Bardot.
    Pela localização de Hermanus, entre montanha e mar, os médicos recomendam o ar da cidade como tratamento de saúde: apelidado de “champagne air” pela pureza.
    A sacada do Windsor Hotel nos oferece ondas fortes que se quebram nas enormes pedras da praia. Na recepção, ao invés de Welcome se lê Whalecome! 🙂
    As macias e brancas dunas são boas para caminhadas solitárias.
  • Grootbos — nesta reserva particular, às margens do Oceano Índico, uma ONG opera a escola de jardinagem “Growing the Future”. Nesta escola, jovens de famílias sem recursos têm um excelente treinamento em jardinagem; além de aprender a dirigir veículos — atividade imprescindível à nova profissão — aperfeiçoam o inglês e o afrikâner. Ao receber turistas, aprendem também a lidar com o público.
    O curso é de 1 ano, em horário integral, inteiramente gratuito. O mais importante é que, na seleção, o critério para admissão é estritamente o gosto e o desejo de cuidar de plantas. É surpreendente este lugar. Ao sair daqui, uma teimosa esperança agarra a gente: há pessoas ainda capazes de gestos e doações generosos.
  • Stellenbosch — é a segunda cidade mais antiga da África do Sul. É a região dos vinhedos, trazidos por refugiados huguenotes no final do século XVII e da notável universidade.
    Ao anoitecer de segunda-feira, os bares e restaurantes estão apinhados e, interessante, fecham bem cedo. Aqui, também, as ruas são muito limpas: os universitários se orgulham de ser cuidadosos garis, numa campanha constante! Dá uma inveja
  • Cidade do Cabo — as montanhas de todas as cores e as praias formam um corredor até aqui. É uma paisagem forte, com recortes dramáticos. De todos os pontos da Gordon’s Bay avista-se o cabo da Boa Esperança. Fora alguns ciclistas — isto é vida! — este trecho é deserto. O mar, os pássaros, as ondas, as pedreiras tomam conta deste reino.
    A cidade é multicultural e muito colorida. As galerias de arte, bem diversificadas, mostram a riqueza das etnias africanas.
    A Table Mountain é um ponto de reunião de gente de todo o planeta! É considerada uma das maravilhas do mundo, juntinho das nossas Cataratas do Iguaçu. Desde o embarque no bondinho até o topo, tem-se a vista da cidade recortada por montanhas e pelo azul do Índico até o infinito…