Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente ondas.
Sabendo bem que eras nuvem, depus minha vida em ti.
Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil
fiquei sem poder chorar quando caí.
…hoje percorremos a diversidade das passagens por este mundão sem fim!
• Mar Vermelho: um golfo do Oceano Índico entre a África e a Ásia. À esquerda, o Golfo e Canal de Suez; a peninsula do Sinai ao centro, Egito; à direita, o Golfo de Aqaba.
O significado da Páscoa / Passagem é bem marcante para os hebreus perseguidos pelos egípcios diante da barreira intransponível do Mar Vermelho. O mar se abriu em uma passagem segura e se fechou sobre o exército egípcio. Há muitos e variados estudos sobre essa passagem. O nome em hebraico, Yam Suph significa “pântano de juncos”; assim, a hipótese é a de que as bigas egípcias se atolaram no pântano.
Para os indianos, o portão de entrada é a passagem para a terra prometida como os Estados Unidos o são para os mexicanos. A imigração é severamente restrita.
• Egito, Canal de Suez; liga o Mar Vermelho ao Mediterrâneo:
Este é um Mar feito à mão. Aqui, a ficção imita a vida.
Nesta viagem, a travessia, desfiladeiros, desvios, gargantas, estreitos, meandros são muitos… e significativas passagens… levam-nos a encontros, separação, alívio, fuga, plenitude, libertação…
O vento vira tudo é o primeiro sinal do redemoinho.
Cai água pesada ousada em fios grossos limpos entupindo a razão a boca — e terra — de lobos.
Um mar fora de lugar. A corrente luta perde a disputa para os restos humanos nas ruas.
Todos os anos a selva urbana é surda tirana a cada verão enchentes pânico perdas.
Longe bem longe a chuva é um presente brinca em rodopios enche cisternas alimenta os rios dá frescor à terra ardente deixa o outono lavado dentro e fora da gente.
Fica o terreiro inchado ansioso por nova semeadura…
Em Belo Horizonte, a primeira casa do Galo foi em Lourdes — 1929 a 1968 — onde agora é o Diamond Mall. Hoje o Atlético Mineiro está na Arena MRV, bairro Califórnia, com 185 mil m2 de área construída, em terreno doado por Rubens Menin. O primeiro grupo do Clube dos 113 do Instituto Galo fez o tour pelo estádio.
O grande Bernardo Farkasvölgyi dispensa apresentação: é a arquitetura transformada em arte. O arquiteto e equipe visitaram mais de 20 estádios no Brasil e Europa para trazer mais tecnologia, segurança e conforto aos torcedores e jogadores.
Conseguiram admiravelmente: é possível evacuar a Arena MRV em até 8 minutos; não há pontos cegos, garantindo a visão do campo para todos, incluindo os portadores de deficiência. O acesso às arquibancadas superiores é pelas rampas inclinadas a 5%. As cadeiras são multicoloridas, resistentes e confortáveis:
Mais: o acesso dos torcedores visitantes ao estádio será por uma passarela direta para evitar contato com a torcida da casa. Excelente ideia é o setor sem cadeiras atrás de um dos gols: comporta 2800 torcedores para reviver a incrível Geral do Mineirão — esta, inspirada na Muralha Amarela do Westfalenstadium de Dortmund, Alemanha, onde os torcedores, também em pé, pressionam o time contrário.
O gramado é da espécie bermudas, Cynodon dactylon, indicada para climas quentes. Um moderno sistema de drenagem e irrigação automática lhe garante a saúde.
O isolamento acústico — cobertura da arena — mantém o máximo do barulho dentro do estádio, produzindo o efeito caldeirão: o som bate e volta, ensurdecedor e contagiante. Praticamente todas as 4800 cadeiras cativas já foram vendidas; os camarotes já se esgotaram. Notável a construção de uma rua em cada lateral do campo, com 7m de largura, onde os ônibus dos jogadores e carretas de até 24m entram e saem de frente. Neste sistema, o palco para eventos pode ser montado e desmontado em 24h; grande avanço, pois no Mineirão pode levar até 7 dias.
A Arena é também espaço de convivência e projetos sociais para a comunidade, além de realização de eventos. Importantíssimo é o compromisso da Arena com a revitalização da vizinha Mata dos Morcegos para o uso comunitário.
As primeiras bandas datam de 578–534 a.C. em Roma. No Brasil, a banda mais antiga — 1848 — em Goiana, Pernambuco, ainda em atividade. Os músicos itinerantes ocuparam posição importante e conquistaram admiração e respeito em todas as épocas. Assim também neste 12º Encontro Regional de Bandas de Música de Caetanópolis, organizado pelo maestro Basílio, discípulo do Mestre Nascimento.
BANDAS PARTICIPANTES:
Cachoeira da Prata — maestro Fernando
Caetanópolis — maestro Basílio
Capim Branco — maestro André
Cordisburgo — maestro André
Matozinhos — maestro Matheus
Papagaios — maestro Cristiano
Pitangui — maestro Fred
São Vicente — maestro André
Sarzedo — maestro Joanir
Sete Lagoas — maestro Hilton
Vespasiano — maestro Robertinho
A um pulo de Belo Horizonte pela BR040, passa-se por Paraopeba, bem singular:
…e une gerações em um objetivo comum: as bandas precisam de apoio, principalmente do poder público. Uma banda é, também, a semeadura de compositores. Carlos Gomes, o mais importante compositor de ópera brasileiro, foi músico de banda em Campinas; o acadêmico, linguista e regente Eleazar de Carvalho tocou na banda dos fuzileiros navais. Georg Händel, em 1749, compôs para banda. O rei Luís XIV, em Versailles, fazia-se acompanhar pelo conjunto sonoro em festas de gala e desfiles.
É o esforço, a dedicação do maestros e músicos, transformando vidas, desenvolvendo talentos. As bandas são a mais tradicional manifestação popular de cultura… e tudo começa com um coreto em uma praça qualquer e a determinação de um Mestre de Banda!
Cada banda, além do característico dobrado, executou outras músicas para o entusiasmo da platéia. As bandas sobrevivem com dificuldades e esta magnífica tradição corre o risco de desaparecer.
Na praça, há outra preciosidade: a trepadeira Jade— Mucuna Bennetti — ainda rara em cultivo. Também esta planta precisa de multiplicadores para não se extinguir. Este encontro de bandas representa o esforço dos músicos — com o almejado e indispensável apoio do Estado e Prefeituras — aos projetos de resgate das bandas de música que, assim como a jade, continuarão a florescer.