África do Sul – A Rota Jardim #3

  • P1090553Cango Caves — as cavernas estão a 29 Km de Oudtshoorn, numa variante da “Garden Route“. Serviram de abrigo para os povos ancestrais da África do Sul por mais de 80 mil anos, antes da descoberta em 1780. É um lugar incomum. Aqui, diante das espetaculares e coloridas formações de estalactites e estalagmites, a gente se sente um ratinho.
    P1090552Esta coluna, jovem de 275 mil anos, inspira reverência. As outras figuras impõem silêncio cheio de admiração. Aliás, é a postura única e possível naquelas profundezas.
    Na década de 60 foram realizados concertos ali e, quando foram suspensos, os danos dos atos de vandalismo eram irreparáveis. O controle de visitantes é alternativa de preservação. Grande parte da vida na caverna já morreu, como na nossa Gruta de Maquiné (MG), infelizmente. Nas seções mais profundas, onde há ainda formação de estalactites e estalagmites e, num efetivo cuidado para preservá-las, as visitas são proibidas.
    Recebemos um presente da guia: apagou as luzes — exceto uma pequena lanterna — e, afinadíssima, cantou N’kosi Sikelele’ iAfrika, o hino da África do Sul, seguindo simples e espontaneamente a inspiração, fora do “programa oficial”. Guia Mathilda Ewerts, nós a bendizemos mil vezes!
  • P1090679Swartberg — uma moldura para Oudtshoorn. O hotel Swartberg Country Manor é um jardim ao pé das montanhas. A cerca viva, em toda a extensão, é de lavanda/alfazema; a gente só acredita quando aquele cheirinho azulado enche a tarde e chega à varanda. A comida é muito saborosa; o restaurante, à parte da casa central, no meio do gramado de veludo. Uma das sobremesas é “waffle” ainda quente com sorvete e creme de amarula!
    P1090693As árvores são centenárias e uma figueira, com galhos até o chão, está cheia de frutos macios, já abertos de maduros e pudemos degustá-los, ali mesmo. Os agaves ficam cheios de caramujos para um farto café da manhã.
    Os hibiscos parecem nativos do hotel, são gigantescos e despencam em cachos.
    P1090684Aqui tem uma multidão de pássaros. No final do dia fazem uma festa, uma movimentação inusitada nas árvores e palmeiras. Melodiosos, os passarinhos pulam pra lá e pra cá sem parar; é como se, de repente, chegassem ao ninho ou parceiro errados… saem em disparada e voltam mais uma vez!