O arquipélago abrange duas ilhas principais e mais de setecentas menores. Port Stanley, uma vila de pescadores, é a capital espraiada em baías e pequenas elevações sob um verão azul brilhante…
…este céu é enganador! O clima é hostil, esparsas chuvas ao longo do ano, temperaturas podem cair abaixo de zero, ventos fustigam continuamente, moldando as poucas árvores da região.
Por mais de 150 anos os ilhotas viveram praticamente incógnitos, criando carneiros e servindo navios. Hoje a população é de, aproximadamente, 3 mil pessoas, a maioria vivendo em Port Stanley.
As versões sobre o domínio destas ilhas geram controvérsias e dividem as pessoas; contudo, há de pesar nesta balança a ambição colonialista do império britânico, usurpando, a qualquer preço, povos, terras, culturas, crenças, recursos em todos os tempos e lugares.
O cemitério argentino em Darwin é uma homenagem a “Los Caídos” em 1982, na disputa entre Argentina e Inglaterra, e reforça o fato — aceito como indiscutível — de ter sido arrematada insensatez a decisão do governo militar argentino de atacar as ilhas, infelizmente apoiado pela grande maioria dos argentinos. Mais uma vez ficou demonstrada a incapacidade humana de usar a Razão. Jorge Luis Borges teria resumido, magistralmente, a questão das Malvinas ou Falklands:
é a disputa de dois homens calvos por um pente.
Os telhados coloridos de Port Stanley dão um toque criativo neste paraíso de raras espécies de pássaros, onde existe um ecossistema com uma espantosa variedade de espécies subantárticas: pinguins, elefantes, lobos e leões marinhos.
A sensação é a de um lugar atemporal, sem semáforos, poucos veículos; o passado envolve o cemitério dos veteranos das duas guerras mundiais…
… a praça com a catedral anglicana e a escultura de ossos de baleia…
…os pubs tradicionais, o museu do pescador…
Agora vale sentar-se aqui e deixar-se absorver: