Uma pessoa especial nos apresentou Linda Huber. Seus desenhos são inigualáveis, surpreendem a cada vez!
Para momentos de puro encantamento clique aqui. Veja só:
Uma pessoa especial nos apresentou Linda Huber. Seus desenhos são inigualáveis, surpreendem a cada vez!
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Victor Molev, tal como Linda Huber, é um presente daquela pessoa especial.
Artistas assim sustentam o mundo! Para viajar… clique aqui…
Eiko Ojala, ilustrador estoniano, a técnica surpreendente de um desenho imitar recortes:
…está na praça, outra vez, para o gáudio de um mar de gente! No novo CD, Bernardo, Gustavo, Matheus, Rafa, Zé Mauro mostraram, proficuamente, os resultados da imersão nos matos, nas cachoeiras e janelas da Cordilheira do Brasil.
Além da criatividade, esforço e suor, este bando visionário enfrentou todas as dificuldades com as tais “leis de incentivos” (não se sabe a que?!)… o Músicas do Espinhaço, como outros grupos talentosos, não conseguiu atingir os misteriosos e intrincados critérios das leis culturais. É outro setor clamante por mudanças, já! Entretanto, isto foi só mais uma barreira ultrapassada com a beleza dos poemas musicados do CD Janelas. As tais leis não valorizaram este grupo musical; porém, encontrou amplo apoio no patrocínio coletivo.
Sugerimos sejam as letras — de autoria de Bernardo Pühler — publicadas no site, pois são poesias de elevado quilate. Guimarães Rosa deve sorrir lá em cima! O texto de apresentação prova a maturidade do grupo, outra sugestão para o site. As fotos, muito bem feitas, revelam a fonte de inspiração.
As mãos e a arte de Eloíse Frota completam a excelência deste último lançamento. A capa do CD, em juta, num trabalho manual uma a uma desta artista iluminada, traduziu perfeitamente os anseios, os objetivos, os sonhos do Músicas do Espinhaço. Afora a expertise, está a profunda afeição pelos rapazes inspirados da Cordilheira!
Para o enlevo da galera, uma palinha:
Janelas
Anseios por minhas janelas
e eu nem as tenho para dar
me invento do lado de dentro
me experimento seu experimento ocularme enquadro em lapso cintilante
errante desisto da fala
mas sou homem da boca pra dentro
no estojo da almaA terra de lá onde eu venho
é pedra e não terra que há
mas vejam aqui nesse engenho
é a janela que posso darA noite na beira do rio
me cala milênios de voz
mas eu trago a voz desses bichos
no estojo da almaminha alma, minha alma, minha alma…
Num ambiente muito agradável estão expostas as obras de Lisana Ratti. A exposição, no Restaurante Casa dos Contos (R. Rio Grande do Norte, 1065, Belo Horizonte) ficará aberta até 3 de dezembro, de meio-dia à meia-noite.
A artista plástica Lisana Ratti é de uma simplicidade admirável. Conhecê-la pessoalmente confirma a idéia de a arte tornar as pessoas mais interessantes, bem especiais e vice-versa!
Aos 12 anos, Lisana teve um arroubo de lucidez ao decidir que, sim, era pintora! Saiu à rua, comprou os apetrechos e surgiu a primeira tela, claro, com as cores, o ímpeto, as dúvidas e os anseios da pré-adolescência. Incentivada pelo pai e por um expert, Lisana desenvolveu seus talentos e criatividade! Estava certa aquela menina audaciosa…
Os quadros expostos são muito ricos e bem trabalhosos — além da arte, exigem paciência e técnica apurada: aos meus olhos de amador, a fibra é prensada, colada, as figuras recortadas, e o resultado é uma textura inigualável. Em alguns quadros, a cor predominante é o ocre em todas as nuances. A cada olhar, um novo detalhe se destaca e a obra de Lisana Ratti se enriquece e se transforma. As figuras do ritual africano são expressivas e cheias de movimento. Vale uma visita!
Caiu um príncipe
no buraco fundo
da copa do mundo.
O elegante rapaz
atraiu muita gente
batedores, holofote.
Teve brilho fugaz
o nobre filhote.
Cercado de menina
de mídia cretina
certamente o pobre Harry
trocaria a própria sina
— do pé à medula —
pela alegria simples
do moleque gandula…
Copyright©2014 Maria Brockerhoff
A genialidade de Rosa dispensa qualquer superlativo. Na centésima leitura ainda há segredos, mistérios e achados.
Em “Jardins e Riachinhos” (1983), Guimarães Rosa faz uma confissão preciosa. É de uma clarividência doída, é um grito de alerta:
Não gosto de falar da infância. É um tempo de coisas boas, mas com pessoas grandes incomodando a gente, intervindo, estragando os prazeres. Recordando o tempo de criança, vejo por lá um excesso de adultos, todos eles, mesmo os mais queridos, ao modo de soldados e policiais do invasor, em pátria ocupada. Fui rancoroso e revolucionário permanente, então. Já era míope e nem mesmo eu, ninguém sabia disso. Gostava de estudar sozinho e de brincar de geografia. Mas tempo bom de verdade, só começou com a conquista de algum isolamento, com a segurança de poder fechar-me num quarto e trancar a porta.
O império da Apple — a nova sede, já em construção, será concluída em 2017: