Aportamos na ilha de Borneo, sudeste da Ásia, em Kota Kinabalu, aos pés do Monte Kinabalu, a capital da província malaia de Sabah. A maior parte da ilha pertence à Indonésia, a outra pequena parte é o Sultanato de Brunei.
É uma monarquia parlamentar inspirada no sistema inglês. O rei é eleito entre as nove famílias reais, com mandato de cinco anos. O governo, em atitude avançada e exemplar, tem impedido a devastação das florestas nesta parte insular da Malásia. A praias são limpas, rodeadas de montanhas. Lá também há os dois mundos: uma pequena parte rica da cidade…
…e o povo.
O calor e a umidade lembram Manaus. Aproveitamos uma fonte que, gentilmente, espalha nas imediações uma chuvinha fina e refrescante!
O Museu Sabah é especialíssimo; em exposição as roupas típicas dos noivos; são muitos dias de comemoração e os noivos se transformam em reis, tal a suntuosidade e magnificência! O casamento tem grande importância cultural; ainda representa um negócio entre as famílias. O comum é a situação de submissão feminina, ainda que disfarçada… mais ou menos como nas bandas de cá. Curiosamente, até 1930, o presente de casamento mais festejado: duas cabeças da tribo inimiga. Outro costume, ainda no século XIX, era o oferecimento da primogênita ou da filha mais bonita, mais bem dotada, em sacrifício para que as colheitas fossem fartas.
O Sabah Heritage Center reproduz o modus vivendi dos nativos de diferentes etnias em casas de bambus, tipo palafitas, no meio da mata; estão bem conservadas com utensílios e enfeites.
O templo chinês Pu Tuo Si, construído em 1980, e seus jardins tropicais.
A Guanyin (mãe-Buda) é enorme; faz bem contemplá-la, transmite boa sensação de serenidade.
O pedestal simboliza a flor abundante da região, o lótus sagrado:
Um momento muito agradável foi no mercado de Kota Kinabalu quando conseguimos, com a ajuda de outros feirantes, decifrar, entre boas risadas, a proveitosa lição de uma senhorinha malaia:
…pode ter crocodilos num lago de águas calmas…