Canal de Suez — o Mar Feito à Mão

O sonho dos faraós — desde 640 a.C. — de navegar pelo deserto, unindo o Mediterrâneo ao Mar Vermelho, tornou-se um triunfo da engenharia em 1869.

Alexandria, Egito – Copyright©2016 Rainer Brockerhoff

De Alexandria — Egito — contornamos o delta do Nilo até Port Said, onde começa o Canal de Suez, hoje com 195 km. É a rota mais curta entre o ocidente e o oriente. Esta via marítima situa-se na região montanhosa e desértica da Península Sinai, entre Egito e Israel. Aí, o pico de granito do Monte Sinai sagrado para o Cristianismo, Islamismo e Judaísmo.

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A construção do Canal de Suez, durante dez anos, é uma odisséia magnífica e trágica. Vinte mil trabalhadores escravos eram substituídos a cada dez meses, tal a dificuldade em escavar à mão as pedras e remover as areias do deserto. Sequer havia carrinhos de mão; só mais tarde foram importadas pás e picaretas da França. Um milhão e meio de egípcios participaram da construção. Houve cerca de cento e vinte mil mortos.

Ismaília, Canal de Suez – Copyright©2016 Rainer Brockerhoff

Ainda havia os empecilhos provocados pelos caprichos do deserto: muitas vezes as tempestades de areia cobriam e fechavam as vias já escavadas, como também na tentativa dos faraós de unir o Rio Nilo ao Mar Vermelho, projeto abandonado após mil anos de reveses.

O jovem diplomata e engenheiro francês Ferdinand de Lesseps foi o grande visionário e propulsor desta obra.

Canal de Suez – Copyright©2016 Rainer Brockerhoff

O objetivo de Lesseps foi uma via de comércio e comunicação para todos os povos. Sem a ousadia deste determinado empreendedor os faraós modernos não veriam navios…

Do deck do MS Amadea se descortina este oásis além de um muro de pedras.

Canal de Suez – Copyright©2016 Rainer Brockerhoff

Este canal é uma caixa de Pandora! Traz encantamento e perplexidade…

Canal de Suez – Copyright©2016 Rainer Brockerhoff

Seguimos em direção à cidade de Suez.