O turismo gira em torno de Victoria Falls, claro! A Rovos Rail — uma companhia ferroviária — é considerada o “orgulho da África”. Este trem-safari percorre vários países ligando-os de norte a sul através das mais diversas paisagens, história e cultura. Victoria Falls é um dos destinos preferidos, com pernoite no hotel.
A viagem pode durar de 3 dias, numa expedição ao Zimbabwe, ou até 34 dias, da Cidade do Cabo ao Cairo. A Rovos Rail é o resultado da obsessão por mecânica de um visionário, que comprou num leilão dois vagões antigos para restaurar e usá-los com a família. Muito trabalho e obstinação transformaram este sonho em sólida empresa. A viagem inaugural, em abril de 1989, foi com uma locomotiva, 7 vagões, 4 passageiros pagantes, amigos e imprensa.
Porém, há um meio mais simples, mais prático de chegar às cataratas de trem. Aqui mesmo, nos jardins do Victoria Falls Hotel, nos mesmos trilhos do Rovos Rail, embarcamos no bondinho muito romântico, serviço de bordo, tapete vermelho e tudo!
Poucos minutos depois, a imigração em Zâmbia. Um dos guias, com túnica e turbante, é o encarregado destas funções, enquanto são servidos salgadinhos, vinhos, água, refri. Os sinuosos trilhos nos levam até a ponte sobre o rio Zambezi — Victoria Falls Bridge — uma obra de arte, um triunfo da engenharia. Gentilmente, o motorneiro pára no meio da ponte e as cataratas entre Zimbabwe e Zâmbia se apresentam num momento mágico, no qual sentimo-nos suspensos…
Podemos perambular e curtir a montanha de água lutando entre os penhascos. Já em Zâmbia, um parque cheio de gibões abriga o centro de visitantes, onde os turistas são recebidos com champagne e guloseimas. Na sala, uma maquete mostra engenhosos detalhes. Somos brindados com a narrativa do engenheiro francês construtor; o jovem Georges Imbault narra todas as peripécias, aventuras, coragem e técnica dos 14 meses de construção da ponte, inaugurada em setembro de 1905.
O carinha está tão bem caracterizado e desenvolve perfeitamente o personagem que chega a confundir uns poucos turistas. Percebem o teatro quando o ator, mostrando a pele do braço, diz: “sou francês, mas estou dessa cor negra por causa do sol de Zâmbia”.
Trazidas as peças fabricadas da Inglaterra, a ponte foi montada, ao mesmo tempo, de ambos os lados, suspensa a 128m sobre o abismo, encaixando-se perfeita e precisamente no centro. Consta não ter havido acidentes fatais durante a obra.
Além da ponte, uma grande atração aqui é o Bungee Jump de 111m. Vimos, com admiração, turistas voando sobre o majestoso rio Zambesi.