Próximo a Killarney — uma cidadinha muito agradável, com hotéis excelentes — está o Ring of Kerry, a sudoeste da Irlanda. É mesmo um anel de baías azuis numa extensão verde silenciosa cheia de parques e montanhas de até 1041m, consideradas bem altas por lá. A estrada contorna as belíssimas e intocadas baías de Kenmare e Dingle; nesta, foi filmada uma das cenas do clássico “A Filha de Ryan”.
Nas ilhas próximas monges agostinianos moraram em mosteiros desde o Séc. VI e foram um enclave de cultura e desenvolvimento até o séc. XII naquela região.
Limerick é a cidade do rugby irlandês e do ator Peter O’Toole. Nas proximidades, o Bunratty Castle data de 1425; é mais uma das típicas construções residenciais dos nobres da época. Na costa oeste, os “Cliffs of Moher”, considerados uma das maravilhas do mundo. São penhascos indomáveis de 200m de altura e 8km de comprimento, cortados pelo mar e ventos gelados. É um desses lugares onde as fotos ficam pálidas e as palavras muito pobres… fica-nos uma profunda impressão de mistério e força.
Neste lugar, é impressionante o cuidado dos irlandeses com o meio ambiente; não há construções à vista, é tudo subterrâneo. Assim, os penhascos continuam intactos e magníficos sem nenhuma interferência externa.
Chegando a Galway, na baía do mesmo nome, há o Parque Nacional do Burren: é uma enigmática paisagem lunar de calcáreo — similar à da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Em 1649 o Burren já foi descrito, de forma pitoresca, como um lugar onde “não há árvore para enforcar um homem, nem água profunda para afogar, nem terra suficiente para enterrar”.
Sem querer tirar a beleza do relato mas, bem poderia ser: Nenhuma árvore para sentar se à sombra; nem água profunda para um bom mergulho nem terra suficiente para plantar.bjs
sonia