Sibéria — Lago Baikal

A ansiedade de chegar ao Mar Sagrado da Sibéria nos acorda bem cedo… esta a recompensa.

Lago Baikal, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Baikal é o maior lago de água doce do mundo. É um maravilhoso velhinho de 25 milhões de anos. A profundidade pode alcançar 1700m, contendo 20% da água doce de todo o planeta e 90% da da Rússia.

Lago Baikal, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Por sua biodiversidade é considerado “Galápagos da Rússia”. Com 37 mil km², possui riquíssimas tradições, flora e fauna, cujos crustáceos são hábeis faxineiros do lago: devoram plantas, peixes mortos e qualquer outro material em decomposição. Neste típico mercado, às margens do Baikal, provamos o omul  um salmão de água doce — e outros peixes defumados.

Lago Baikal, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

No inverno, as temperaturas são rigorosas, o Baikal se transforma em um continente gelado. Neste verão a temperatura está muito agradável, tornando-o uma imensidão azul.

Zarengold espera pacientemente o espetacular piquenique às margens do lago: a tripulação arma mesas com toalhas adamascadas, churrasqueiras, bebidas geladas, frutas e sobremesas. Mergulhar no Baikal era inimaginável e a realidade valeu a pena!

Lago Baikal, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Perto daqui, o magnífico Museu Taltsy, reconstruído exatamente igual às aldeias habitadas há 300 anos…

Museu Taltsy, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff
Museu Taltsy, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Baikal era bem longe… a motivação nos leva a lugares inacessíveis…

Sibéria

Ao norte da Ásia, entre os Montes Urais e o Oceano Pacífico, esta terra imensa foi formada pelas civilizações nômades antes da era cristã. Em meio a grande desenvolvimento, ainda conserva, sem radicalismo, suas tradições ortodoxas, cujo símbolo é esta catedral.

Catedral da Epifania, Irkutsk, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

No final do séc. XV os russos chegaram à Sibéria e mudou-se o rumo da história. No período imperial russo e até recentemente, os terríveis Gulags “abrigaram” camponeses, cidadãos ilustres, intelectuais, entre eles Dostoiévski, pelo crime de pensar diferentemente do sistema. Cerca de 14 milhões de pessoas foram presas — principalmente entre 1923 a 1953. Mais de um milhão de presos teriam morrido sob o severo regime de trabalho escravo.

A construção da ferrovia transiberiana foi de extrema importância para a conexão entre províncias distantes.

Transiberiana – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Ulan-Ude é a cidade fronteiriça entre Mongólia e Rússia. Aqui a burocracia russa é das mais refinadas. Os agentes russos fazem questão de “conhecer” e fotografar cada passageiro. No Zarengold, tiveram a gentileza de subir às cabines, pois costumam exigir que os passageiros desçam. Então ficamos gratos em, ainda na cama, abrir os olhos pesados de sono, às 5:00 da madruga, para uma bela foto…

O exotismo, a gentileza dos nativos, compensaram tudo. O mosteiro tibetano:

Ulan-Ude, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

…o teatro…

Ulan-Ude, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff
Ulan-Ude, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

A apresentação folclórica do povo buriat é muito rica:

Ulan-Ude, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Irkutsk, onde pernoitamos, é uma grande cidade, centro de intelectuais desde os famosos decembristas — grupo de revoltosos contra o czar Nicolau I — apelidada “Paris da Sibéria”. Aqui o museu, antiga e elegante residência do corajoso revolucionário Volkonsky:

Irkutsk, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

O centro antigo de Irkutsk era um antro de prostituição e drogas; através de lúcida administração pública transformou-se, com o investimento de empresários, numa área turística/cultural segura e rentável:

Irkutsk, Sibéria – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff

Os 1800km de Irkutsk a Novosibirsk foram muito bem aproveitados no Zarengold; aulas de russo, apresentação de violino, canções folclóricas, a prova de fogo da degustação de vodka de todas as cores e para todos os gostos: de bacon, de pimenta, de canela, de pistache, etc., e o delicioso almoço típico:

Transiberiana – Copyright©2015 Rainer Brockerhoff