Inhotim e Big Bands

Uma combinação harmoniosa! 🙂

Apresentaram-se no teatro do Inhotim a Big Band Palácio das Artes e a Big Band UEMG.

A BBPA é dirigida pelo pianista Nestor Lombida, muito conhecido e admirado com uma multidão de alunos e seguidores. Lombida já bem merece o título “Doutor Honoris Causa” pela competência e qualidade profissional – fica a sugestão!

Além de algumas peças de inspiração brasileiro-cubana, tocaram “Transit“, uma das nossas prediletas.

Uma grata surpresa a Big Band UEMG. O regente graduado em saxofone e pós-graduado em música brasileira pela UEMG é Ivan Egídio da Silva Junior, cujo entusiasmo dá gosto. Foram apresentadas músicas com arranjos notáveis de músicos mineiros, inclusive um do jovem Josué, trombone da Big Band. É um excelente estímulo valorizar a prata da casa!

O som, o ritmo, o estilo destas bandas são envolventes e contagiantes. A vibração, o vigor, a alegria e o companheirismo dos jovens músicos são a melhor demonstração de talento e virtuosismo.

 

Big Band P. Artes — Nestor Lombida

Pela primeira vez, assistimos ao show da Big Band Palácio das Artes. Uma agradável e afinada surpresa! Há cinco anos, a BBPA vem apresentando boa música sob a batuta do pianista e violonista, maestro e arranjador Nestor Lombida, formado pela Escola Nacional de Arte de Havana, Cuba.

Nestor se envolve, se incorpora e se transforma em ritmo. Tem uma forte presença alegre e carismática. Com os outros talentosos músicos a Big Band executa arranjos modernos e desafiadores.

A platéia, praticamente lotada, entusiasmou-se em aplausos prolongados. É uma sorte para os brasileiros que Nestor tenha escolhido esta terra para multiplicar seus talentos!

Uma Big Band geralmente tem 17 músicos: 4 trombones, 5 saxofones, 4 trompetes ou similares, piano, bateria, contrabaixo e guitarra. A BBPA acrescenta um trompete e, em algumas peças, um percussionista. Em contraste com outras formas de jazz, onde o improviso é constante, uma BB toca arranjos complexos e muito bem ensaiados intercalados com um ou dois solos improvisados. Nesse espetáculo, gostamos especialmente de “Transit”, composição do jovem maestro canadense Darcy James Argue — já esteve em Belo Horizonte. Veja esta peça executada pela BB do compositor, a “Secret Society“:

Note o solo de trompete na marca dos 3:00 minutos. A “idade de ouro” das Big Bands foi de 1930 a 1945 nos Estados Unidos e, no Brasil, na década de 60. O formato foi perdendo a popularidade por ser caro, devido ao número de integrantes e difícil de ser bem executado, devido à complexidade dos arranjos. Felizmente as BBs ainda existentes são de excelente qualidade, sobejamente comprovado pela BBPA.

Uma parte do concerto foi executada pelo Lyrical Jazz, pequeno conjunto com Rita Medeiros, cantando também alguns “standards” com a BBPA. Tem uma voz belíssima e bem afinada. A técnica é impecável… falta-lhe uma pitada de sal ou de pimenta!