A rodovia para Baños é bem movimentada; corta vales verdes, surpreendentes canions e pueblos espalhados morro acima; nos quintais, bezerros, ovelhos, cabritos amarrados pelas patas!
Curiosamente, as novas rodovias não têm acostamento. Até a gente “se acostumar” com as paradas no meio da pista é um susto só!
Baños, com aproximadamente 20 mil habitantes, está espremida entre altas montanhas aos pés do poderoso Tungurahua — garganta de fogo — 5016m; a última erupção foi em 1999. A grande atração são as águas termais — daí o nome Baños — de origem vulcânica. Por toda a região há piscinas quentes, fontes, mananciais muito frequentados por nativos e turistas.
Baños é o ponto de partida para todos os tipos de aventuras radicais em rios, pedreiras e canions. O tal desafio de se equilibrar numa corda ou cabo entre dois despenhadeiros é de arrepiar! Nosotros preferimos curtir os deliciosos banhos bem pertinho das nuvens no Hotel Luna Runtun.
A localização do hotel, muito bem indicado pela agência Happy Gringo, é privilegiada. Daqui do cumbre das montanhas a vista de Baños iluminada e da cratera do Tungurahua é surreal. Operado por uma companhia suíça, o hotel é muito confortável; os chalés espaçosos com pisos aquecidos são funcionais e a decoração atingiu o nível perfeito entre o luxo e o bom gosto. É um ambiente incomparável para um mergulho em busca da criança perdida dentro de cada um.
O restaurante, na parte mais alta, é maravilhoso; muitas iguarias da boa cozinha vêm da variada e preciosa horta aqui mesmo do hotel.
Em meio às arvores e muitas flores, as termas com águas escaldantes, spa, piscina com borda infinita e cascata. Para os corajosos, uma gigantesca e bem fria ducha… o contraste traz uma sensação muito boa!
A Basilica de Nuestra Señora de Agua Santa, construída com pedras vulcânicas, atrai peregrinos durante todo o ano. No teto, belíssimos desenhos geométricas e nas laterais os relatos de milagres da Virgem. Ao lado, o convento dos padres Dominicanos, uma edificação antiga com belos pátios ajardinados. Na igreja silenciosa um bando de colegiais falando alto, como num mercado. Uma pena!
Uma pitoresca e colorida “jardineira”, circulando por toda parte, tem a preferência dos turistas: é chamada de chiva vagabunda.