Na península Salentina, antiga Grécia, entre os mares Adriatico e Ionio, Lecce guarda tesouros em estilo barroco. A Chiesa di Santa Croce, construída entre 1353 e 1695:
Por aqui, andou o imperador Adriano no século II. Os primeiros habitantes vindos da ilha de Creta. A influência grega conserva-se através de um antigo dialeto griko, ainda vivo. Na Piazza Sant’Oronzo o anfiteatro romano para 25 mil espectadores:
Grande porção deste anfiteatro ainda está semi-enterrada sob a praça. Em volta, a riqueza das ruínas…
…da catedral / Duomo…
…das esculturas:
Descobrimos Lecce no filme Mine Vaganti — Ferzan Özpetek, 2010 — e resolvemos conferir. No filme, apenas uma amostra. Ao vivo, edificações e esculturas na cor enigmática da pietra leccese; uma rocha calcárea maleável com reflexos dourados.
No enredo de Mine Vaganti há um enterro solene; coincidentemente, agora na Piazza del Duomo presenciamos um outro…
O caffè Leccese gelado leva leite de amêndoas. Na Trattoria di Nonna Tetti um jantar cinque piatti da melhor qualidade. Lecce é um centro agrícola produtor de vinhos e óleo de oliva. Até num canteiro da piazza, uma valente oliveira.
O extremo sul da Itália ainda é, relativamente, pouco divulgado, para a sorte e conservação da cultura e do patrimônio. Lecce está no “fim de linha” do trem da costa sul da Puglia; a conotação aqui é surpreendentemente inversa!