Com 17 mil habitantes, a antiga Akureyri é uma cidade grande. Há um estudo para limitar a avalanche de turistas — convenhamos, uma praga! — a esta ilha civilizada.
Os islandeses têm razão, pois receberam quase 2 milhões de turistas em 2015 — seis vezes o número de habitantes! Outros países vêm adotando certas restrições ao turismo em massa. Quando estivemos no Bhutan, em 2015, a taxa de turismo era de 250 dólares por dia, per capita.
A paisagem lunar entrecortada:
• pelas tampas de mesa
• o parque Dimmiborgir, onde a erupção dos vulcões desenhou as mais bizarras e surpreendentes esculturas
• lama fervente nos poços fumegantes em Hverir, como no Chile
• geisers fortíssimos cobertos de pedra e, mesmo assim, fumarola brava
• fazendas de gado e cavalos de raça para exportação. Inclusive é proibida a importação para não interferir na excelente qualidade dos cavalos nativos.
Em 1918 a Islândia proclamou a independência formal da Dinamarca. É uma nação conservadora com surpreendentes práticas modernas, avançadas e instituições democráticas inabaláveis há 1000 anos. A própria língua, de origem escandinava, sofreu poucas modificações ao longo dos séculos; praticamente sem dialetos tem alguma semelhança com o alemão: não é grande consolo!
Tendo passado por período de privação, o povo aprendeu a comer tudo: de aves, peixes, testículos de carneiro a tubarão apodrecido… sabiamente transformaram os ingredientes da terra em saborosos pratos exóticos. A carne de rena experimentamos e repetimos. Ah! São consumidos 3 milhões de litros de cerveja por ano.
A cultura é permeada de sagas heróicas transmitidas oralmente através das gerações. Aqui, a cachoeira Goðafoss, onde segundo a lenda, é a morada dos deuses.
Pela segunda vez o encantamento é ainda mais forte.
Islândia tem aproximadamente 355 mil habitantes. Pode se constatar a incompatibilidade de um amontoado de gente com um bom nível de vida…