Voamos para Santiago do Chile e, por caminhos bem agradáveis, chegamos em Valparaíso, o ponto de partida de navegação de mais de 4000km até ao continente branco. A Cordilheira dos Andes nos recebe, assim, em Santiago.
Valparaíso — porto muito antigo — tem uma curiosa aura de decadência; é uma volta a um tempo distante.
Puerto Montt, colônia de alemães desde 1863, era considerado o fim de linha para qualquer viajante. Hoje é um importante centro pesqueiro; a região é cheia de lagos, rios e cascatas glaciares sob a imponência do vulcão Osorno. Perto daqui, as cidadinhas Frutillar e Puerto Varas cheias de rosas.
O Arquipélago Chiloé foi o maior centro de pesca de baleias no séc.XIX. No porto de Castro, fundado em 1567, uma belíssima igreja totalmente de madeira. No arquipélago catequizado pelos missionários espanhóis há mais de 150 igrejas católicas construídas pelos indígenas.
Puerto Chacabuco é o porto principal da Patagônia chilena; uma das poucas vilas nestes belíssimos fiordes. Aqui, a gente pode sentir o valor inestimável de florestas e vales silenciosos, onde o homem não conseguiu ainda devastar.
A partir daqui, Canal Darwin, o mundo já começa a se transformar em glaciares, em esculturas de rochas vulcânicas rodeadas de espertos pássaros pescadores.
A nossa próxima parada será Punta Arenas. Até lá navegamos nesta região austral por inúmeros canais —incluindo o estreito de Magalhães — e passagens impressionantes; aqui, o Paso Shoal.