A manhã clara convida para o vôo. É fascinante:
O rio Zambese vem de longe, espraiado, mansinho… de repente uma fenda estreita e bem funda. As águas se transformam em roldão forte, camadas imensas de flocos espumantes despencam na gigantesca fratura de 108m de profundidade.
A catarata não forma represa ou bacia, as águas volumosas correm represadas entre os penhascos… o rio serpenteia, preenche o leito em curvas e nos deixa sem fala. O helicóptero pousa… fica dentro da gente este mundo inigualável!
Este dia ainda nos reserva uma agradabilíssima surpresa. Um 4×4 nos conduz, pelas estradas de terra de Zâmbia, até às margens do Zambese. Uma embarcação confortável e simples é apropriada àquele passeio no rio manso e silencioso.
A tripulação atenciosa oferece um coquetel aos poucos sortudos passageiros. Uma alegre interação se deu entre nós: turistas do Sri Lanka, Inglaterra, Austrália, África do Sul, Suíça, Alemanha, Estados Unidos e Brasil.
É possível que aquele rio selvagem, os pássaros coloridos, as florestas às margens distantes, o som das águas tenham proporcionado o ambiente tão harmonioso.
É aniversário de uma passageira e cada um de nós, na própria língua, cantou “Parabéns pra você”. A diversidade de sons, a brincadeira espontânea fizeram aquele momento muito especial. Certamente está guardado na caixa de boas lembranças aquele por do sol no rio africano.