…avenida Pedro II, trânsito lento, casario feio, passeios cheios de lixo; à direita, avenida Bias Fortes; o viaduto enegrecido completa a paisagem desolada da cidade grande.
Logo depois da esquina, uma massa dourada à direita, um oásis de flores amarelas, algumas pétalas esvoaçando…
a rua se iluminou
a feiura sumiu
os cachos coloridos penetram a retina
um fio de esperança desponta.
Este Ipê magnífico, como o são todas as árvores, recebe em troca as queimadas, as serras elétricas e a derrubada para os blocos de cimento disfarçados em áreas de “lazer” e em espaços “gourmet”.
Oh! humanidade desvairada…
Que venha o outro dilúvio!
Em pensar que esse ipe ja me chamou a atencao de uma forma tao poetica tambem, em pensar que a natureza nao liga somente a gente, mas liga pensamentos, historias…
Vi esse ipe e me deu saudades, li suas palavras e me alimentei de nostalgia.
Grande beijo,
Ricardo Fernandes