J. G. De Araújo Jorge

Tudo estranho…

Sim, quantas vezes, por íntimo pudor,
Por orgulho talvez, amor próprio, vaidade,
Escondemos no riso a nossa dor.
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— Coisa estranha a felicidade!
— Estranha coisa, o amor!

Índia Rego

Pedido

Deixem que eu seja eu
O eu que sonhava ser
Não este eu de mentira
Que todos me obrigam a viver!

Que caia a máscara usada
E surja a face desnuda;
Que, embora em pranto lavada,
Minh’alma não seja muda.

Deixem que eu seja eu
Não importa boa ou má:
Aquela que sei que sou
E que não sei onde está.