Ali em Paris

…nem é preciso falar sobre Paris; basta deixar-se perder pelas ruas, contemplar a arquitetura secular e, incrivelmente, contemporânea; visitar, sem pressa, as galerias de arte, ouvir os músicos nas praças, perambular pelo Quartier Latin; ir passear, bem cedo, pelas alamedas do Père Lachaise… queremos falar de um lugar aliii pertinho — uma hora e meia de trem: Poitiers.

A cidade de Poitiers tem outras atrações, claro, mas para este passeio especial ao Parc du Futuroscope, localizado em Chasseneuil-du-Poitou, a 10km, pode-se adquirir um bilhete e passar um dia inteiro (equivalente a mil dias!). Parque temático sobre multimídia e tecnologia do cinema, algumas das atrações só podem ser vistas lá. A cidade abriga, ainda, um pólo tecnológico para empresas emergentes daquelas especialidades.

No Futuroscope, na década de 90, já podia-se assistir, por exemplo, a filmes 3D e até 4D! Era mesmo “o futuro” na ficção científica… foi um “Avatar” precoce. Muita gente deu pulos na sala, tentando se desviar de objetos voadores. 🙂 Outra demonstração impressionante: acendeu-se uma luz por detrás da tela, mostrando um funcionário limpando o palco; logo depois, a tela foi levantada, mostrando o palco vazio — era um filme 3D projetado a 60 quadros por segundo! Isto só uma palinha de nada…

… é um mundo encantado onde as salas de projeção de filmes de todos os tipos se transformam em florestas, em sacolejantes terremotos, em aquários com pisos de vidro… com os mais avançados recursos tecnológicos, o Futuroscope nos transporta a um universo onde a ciência brinca de magia e a realidade fantástica nos mantém suspensos e absolutamente admirados.

 

 

A Estátua da Liberdade…

…traz, na segunda parte do poema inscrito na sua base, a esperança de um mundo mais justo, menos pobreza e opressão; significou a acolhida ao mundo da América, ao sonho americano, enfim, um upgrade :-):

…Traga a mim os cansados, os pobres
essa massa acotovelante que anseia por respirar livremente,
A escória miserável que povoa suas praias.
Envie aqueles sem lar, os banidos pelas tempestades, mande-os a mim.
Eu lhes erguerei minha luz até o portão dourado!


(do poema “The New Colossus”, de Emma Lazarus)

Um pulo a Portugal (Última Parte)

Depois do leitão crocante, seguimos para o norte até a cidade do Porto. Para provar o seu delicioso vinho, vale o passeio pelas vinícolas no vale do Rio Douro. Um passeio sem rumo pelo centro histórico é muito agradável. A Fundação Serralves tem uma importante coleção de arte em meio a um belo parque. A praça central do Porto é no mesmo estilo da de Praga.

Seguimos até Braga para visitar o Mosteiro de Tibães. Infelizmente, não são permitidas visitas no horário de almoço (duas horas!) apesar de os funcionários permanecerem no local! Foi uma pena; parece muito interessante.

Barcelos é um lugarzinho delicioso. De lá provém todos esses galinhos coloridos nos mais variados estilos, até o galo de Gaudí. É bem limpa, ruínas arqueológicas, um jardim com portais do Séc. XVIII e amor-perfeito em profusão. Foi uma bela surpresa.

Dirigimo-nos à Galícia, província espanhola onde se fala um dialeto similar ao português, com destino a Santiago de Compostela. Passamos por Viana do Castelo, que está às margens do Rio Lima, com uma bela ponte construída por Auguste Eiffel, o mesmo da torre de Paris. Caminha é uma cidade à beira-mar, com casas muito boas; um lugar muito agradável.

Já na fronteira com a Espanha, passamos por Valença, Tui e, margeando Vigo, chegamos a Pontevedra. Daí, foi um estirão ansioso para chegar a Compostela. Hoje, uma cidade moderna e bem movimentada, por isso fomos diretamente para a Catedral, simplesmente indescritível. A praça é majestosa com suas edificações antigas; uma delas foi transformada no Hotel dos Reis, com uma “caverna” onde funciona um bom restaurante. Se não for para hospedagem, vale tomar um bom vinho lá. O turíbulo da catedral é magnífico. A qualquer custo 😉 deve-se esperar a missa dos peregrinos, em geral às 19:00, onde os frades fazem-no balançar no adro da catedral, espalhando o incenso. É inesquecível.